Foi o mais popular dos romancistas da era vitoriana e contribuiu para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa. A fama dos seus romances e contos pode ser comprovada pelo fato de todos os seus livros continuarem a serem editados ininterruptamente e, entre as suas maiores obras, destacam-se “Oliver Twist”, “Grandes Esperanças”, “Um Cântico de Natal” e “David Copperfield”.
Filho de uma família de poucos recursos, desde cedo trabalhou para contribuir para o sustento familiar, principalmente após a prisão do pai por dívidas. As péssimas condições de trabalho da classe operária seriam um tema constante e a crítica às transformações sociais e econômicas da Inglaterra recorrentes em suas obras. Já adulto trabalhou como jornalista no “Morning Chronicle”, onde passou a publicar diversas crônicas sob o pseudônimo de Boz, reunidas mais tarde como “Esboços feitos por Boz”. A partir de então, publicou em folhetins semanais, uma de suas principais obras – “Oliver Twist” – apontando os males sociais do seu tempo. Em 1849 publicou um de seus mais conhecidos romances, “David Copperfield”, inspirado em grande parte na sua própria vida. A partir da década de 1850, tornou-se editor de duas revistas literárias inglesas, a “Household Words” e “All the Year Around” (1859-1895), onde publicou algumas das suas mais famosas obras como “A história de duas cidades” (1859), “Grandes esperanças” (1861) e “Nosso amigo em comum” (1864) e teve como colaboradores importantes escritores do seu tempo, como Elizabeth Gaskell, Wilkie Collins e Edmund H. Yates.
Nos últimos anos da sua vida, empreendeu uma série de viagens, realizando leituras das suas obras em conferências por toda a Inglaterra, Escócia e Estados Unidos. Após um acidente de trem, em 1865, começou a sofrer de pequenos derrames cerebrais até o derradeiro, que ocorreu à porta da sua residência. Dickens deixaria inacabado o livro “O Mistério de Erwin Drood” (1812-1870).