“Minha análise da alma, da psique humana, leva-me a crer que o ser humano não é verdadeiramente um, mas verdadeiramente dois. Um deles esforça-se para alcançar tudo que é nobre na vida. É o que chamamos de lado bom. O outro, quer expressar impulsos que prendam-no a obscuras relações animais com a terra. Esse é o que podemos chamar de mal…”
Escrito em 1886 pelo escocês Robert Louis Stevenson, o clássico conta a história de Utterson, um advogado que acompanha os horrores acontecidos em Londres no final do século XIX por um misterioso homem que comete crimes e provoca a polícia metropolitana. O clima sombrio da capital inglesa contorna a história e dá o tom de mistério. O contexto histórico do país também é transcrito na trama: avanço nas pesquisas e experimentos científicos, êxodo rural devido a Revolução Industrial que ali se instalara, contraste econômico, centro urbano em estado de caos, fumaça, poluição e aumento dos índices criminais, motivo pelo qual em 1829 foi criada a Scotland Yard. Pode-se afirmar que em meio a esta conjuntura, o lado tenebroso da sociedade vitoriana e a dualidade do homem foram discutidas na obra prima de STEVENSON, O ESTRANHO CASO DO DR. JEKYLL E DO SENHOR HYDE, publicado pela EDITORA LANDMARK com nova tradução e em edição BILÍNGÜE.”
JORNAL INFONORTE (SP)