“UMA DEFESA DA POESIA E OUTROS ENSAIOS””, DE PERCY SHELLEY, ESTRÉIA NAS PRATELEIRAS BRASILEIRAS A PARTIR DO MÊS DE FEVEREIRO PELA EDITORA LANDMARK. AINDA NÃO MUITO CONHECIDO NO BRASIL MAS DE GRANDE PESO INTERNACIONAL, PERCY SHELLEY, MARIDO DE MARY SHELLEY, CONHECIDA POR “”O ÚLTIMO HOMEM”” E “”FRANKENSTEIN”” TEM PUBLICADA SUA ÚNICA OBRA EM PROSA, INÉDITA NO BRASIL. “”Não há perigo para um homem que sabe o que a morte e a vida significam”” Percy Shelley Somente com esta frase já é possível imaginar o tom de sua obra e o porque o autor inglês se consagrou com um dos mais importantes nomes do Romantismo. Percy Bysshe Shelley (1792-1822), poeta, escritor e ensaísta, foi expulso da Universidade de Oxford por ter escrito um ensaio defendendo o ateísmo – “”A Necessidade do Ateísmo”” – e redigiu uma “”Declaração de Direitos”” com 31 artigos, considerados por ele como sendo os ideais. O poeta, amante dos ideais produzidos pela Revolução Francesa, em 1789, não encontrou na Inglaterra o melhor ambiente para o exercício de sua arte. Acompanhado por sua segunda esposa, Mary, conhecida por meio da troca de correspondências com seu pai, o filósofo William Godwin, considerado percussor da filosofia libertária, o poeta e sua esposa viajaram para a Itália e Suíça, onde conviveram com Lorde Byron, referência no que diz respeito à literatura romântica inglesa, também exilado de sua terra natal. Após o suicídio de sua primeira esposa, Percy e Mary Shelley estabeleceram-se definitivamente na Itália, onde tiveram filhos. A vida do autor e o contexto político-social da época influenciaram diretamente a obra do poeta que tinha os ideais libertários, o amor pelo pessoal e pela justiça social como paixões fervorosas. Shelley tornou-se um ícone do Romantismo e da alta literatura inglesa por meio de sua produção artística que, pode-se dizer, pelo próprio pensamento e vida do autor, mescla filosofia e literatura, cujo resultado são poemas e escritos românticos com tom filosófico. A Editora Landmark, especializada em grandes clássicos da literatura mundial, após PERSUASÃO, de Jane Austen, O MORRO DOS VENTOS UIVANTES, de Emily Brontë e, entre outros títulos, O ÚLTIMO HOMEM, de Mary Shelley, esposa do poeta em questão, Percy Shelley, lança pela primeira vez no Brasil e em edição bilíngüe “”UMA DEFESA DA POESIA E OUTROS ENSAIOS”” (A Defense of Poetry), escrita em 1815, mas só publicada 18 anos após sua morte por sua esposa, Mary Shelley. A publicação, bilíngüe e inédita no Brasil, inclui a obra UMA DEFESA DA POESIA (A Defense of Poetry) na íntegra e outros escritos, como A NECESSIDADE DO ATEÍSMO (The Necessity of Atheism), escrito em 1811 e distribuído pelos corredores da Universidade de Oxford. No livro são encontrados discursos sobre o Amor, a Vida, a importância da Poesia na vida dos Homens, além de discorrer sobre influências divinas, a vida futura e a razão da existência da Humanidade. Shelley apresenta também argumentos sobre o porque a Poesia torna todas as coisas mais belas, exaltando por isso o que já é belo. Percy Shelley faleceu na Itália, aos 29 anos, vítima de um naufrágio em um trágico acidente, próximo a Livorno. Seu corpo permaneceu desaparecido até que o mar o lançou à praia, sendo cremado no mesmo local, por exigências do governo da região. Um jornal inglês viria a comentar a cerca de sua morte: “”Finalmente, Shelley terá a oportunidade de comprovar a existência ou não de Deus””. O poeta foi admirado por diversos pensadores como Karl Marx, Henry Salt, George Bernard Shaw e Yeats. Seus poemas também foram base para músicas de Ralph Vaughan Williams e Samuel Barber. ”

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