“Romance de Jane Austen mostra como o auto-conhecimento interfere na opinião
A Editora Landmark, especializada em grandes clássicos bilíngües da literatura mundial, após o sucesso editorial obtido com a publicação de títulos como “”O Último Homem””, de Mary Shelley, “”Uma Defesa da Poesia e Outros Ensaios””, de Percy Shelley, e “”A Moradora de Wildfell Hall””, de Anne Brontë, lança agora “”Orgulho e Preconceito””, de Jane Austen, também autora de “”Persuasão””, best-seller entre as publicações da casa.
Considerada a primeira romancista moderna da literatura inglesa, Jane Austen começou seu segundo romance, “”Orgulho e Preconceito””, antes dos 21 anos de idade. Assim como em outras obras de Austen, o livro, publicado em 1813, é escrito de forma satírica e tem sua particularidade na forma em que a autora transcende o preconceito causado pelas primeiras impressões e adentra no psicológico, mostrando como o auto-conhecimento pode interferir nos julgamentos feitos a outras pessoas.
A autora revela certas posturas de seus personagens em situações cotidianas que, muitas vezes, causam momentos cômicos aos leitores, dando um caráter mais leve e irônico ao livro. A escritora inglesa apresenta seu poder de expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz em “”Orgulho e Preconceito””; capaz de transmitir mensagens complexas valendo-se de seu estilo a um tempo simples e espirituoso.
O principal assunto do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor à obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para a caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes.
O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma casada, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo.
Quando Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima à casa dos Bennet, a Sra. Bennet enxerga um possível marido para uma de suas filhas. Enquanto o vizinho é visto com bons olhos, o Sr. Darcy é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele por ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira; mesmo com uma má primeira impressão, Darcy se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, inseridos na sociedade inglesa rural do final do século XVIII. Considerado a obra-prima de Jane Austen, “”Orgulho e Preconceito”” ganhou diversas versões para o cinema e televisão, a mais recente em 2005, com interpretações de Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis principais.
Sobre a autora
A escritora inglesa Jane Austen (1775-1817) é considerada como uma das três maiores figuras da literatura inglesa, ao lado de William Shakespeare e Oscar Wilde. Ela representa um exemplo de escritora cuja vida protegida e recatada em nada reduziu a estatura e o dramatismo da sua ficção. Nasceu na casa paroquial de Stevernton, Humpshire, Inglaterra, onde o pai era o sacerdote, vivendo a maior parte do tempo nessa região. A fama de Jane Austen perdura por meio de seus cinco trabalhos mais conhecidos, sendo eles: “”Orgulho e Preconceito””, “”Parque de Mansfield””, “”Emma””, “”Persuasão”” e “”Razão e Sensibilidade””. No último mês de março, um retrato da autora foi colocado à venda em um museu de Nova York. Estima-se que o suposto “”Retrato Rice””, pertencente a parentes diretos de Jane Austen, pintado pelo artista britânico Ozias Humphry, retrata uma mulher jovem com longo vestido branco e foi avaliado entre US$ 400 e US$ 800 mil. ”
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