“AUTOR DA SEMANA Percy Shelley (1792-1822) A vida do escritor britânico Percy Shelley foi curta, mas durou o suficiente para consagrá-lo como um dos principais nomes da escola romântica. Ele personificou o que no século 19 era chamado de livre pensador. Foi expulso da Universidade de Oxford por defender o ateísmo num ensaio que causou choque na conservadora comunidade acadêmica. Com 19 anos casou-se com Harriet Westbrook, com quem teve dois filhos. Fazendo jus à sua fama de imprevisível, deixou a mulher sozinha no interior da Inglaterra e partiu para Londres, onde mergulhou em estudos literários e assumiu sua condição de escritor, sendo bastante incentivado por pelo também poeta William Wordsworth, um dos principais nomes da literatura inglesa da época. Foi durante suas pesquisas que conheceu William Godwin e acabou apaixonando-se por sua filha, Mary Wollstonecraft Godwin, que ficaria conhecida mundialmente com o livro Frankenstein. Sim, é ela mesma: Mary Shelley. O sobrenome foi adquirido depois que Percy abandonou a mulher para viver este amor. A antiga mulher só viveu mais dois anos após a separação. Para Percy Shelley, foi o período de mais intensa produção. Escreveu, entre outros livros, Ode ao Vendo do Ocidente, Adonais e A Uma Cotovia, além do ensaio Uma Defesa da Poesia que a Editora Landmark acaba de lançar no Brasil em edição bilíngüe (144 páginas; 24,50 reais). Percy Shelley morreu em um naufrágio em um lago durante forte tempestade, um mês antes de completar 30 anos. ”
JORNAL O POPULAR, DE GOIÂNIA