““Eu Sou a Lenda” é a terceira versão para o cinema do livro que o autor americano Richard Matheson lançou em 1954, que a apresentava Robert Neville como único ser humano que resta após a população da Terra ser dizimada por um vírus. Na busca por outros sobreviventes, ele enfrenta zumbis canibais que combinam características de vampiros, pois só agem à noite. Vincent Price viveu o protagonista, com o nome de Dr. Robert Morgan, na produção italiana “Monstros que Matam” (The Last Man on Earth, 1964). Fiel ao livro, o filme foi planejado para ser realizado pelo estúdio inglês Hammer, célebre pelos filmes de terror, mas por conta da censura foi repassado a um produtor italiano. Em “A Última Esperança da Terra” (The Omega Man, 1971), é Charlton Heston, como Neville, quem enfrenta o exército de zumbis, aqui representados como albinos fotossensíveis. A premissa futurista e apocalíptica abordada por Matheson em “Eu Sou a Lenda” já havia sido apresentada na literatura pela britânica Mary Shelley (1797-1851), em “O Último Homem” (lançado no Brasil no final do ano passado em edição bilíngüe pela editora Landmark, com tradução de Marcela Furtado, 496 págs., R$ 52), no qual a autora de Frankenstein, em 1826, narra a história de um homem de origem nobre que fica imune a uma praga que aniquila a humanidade no século 21. No embalo do sucesso do “”Eu Sou a Lenda”” no cinema, “O Último Homem”” também virou filme, uma produção modesta assinada por James Arnett e sem nenhum nome muito conhecido no elenco que chega às telas dos Estados Unidos ainda em 2008. ”

DIÁRIO CATARINENSE