Por Sônia Machiavelli Corrêa Neves Mary Shelley tinha apenas 19 anos quando escreveu Frankestein. Era a resposta a um desafio que lhe fizera o marido, Percy Shelley, propondo-lhe que criasse uma história de impacto. Aquilo que seria uma ‘brincadeira’ despertou o interesse dos que cercavam Mary e a estimularam a publicar. Fez sucesso imediato: os leitores perceberam logo que estavam diante de um novo gênero, que aplaudiam e do qual gostavam. A influência da obra na cultura popular foi intensa e extensa. Os Shelley mudaram-se para a Itália pouco depois. Em 1822, ano trágico, Mary perde o marido e os dois filhos. Deprimida, recolhe-se e passa por cuidados médicos e familiares. Recupera-se e encontra na organização da obra do marido uma das razões para viver. Ensaia outras obras, nenhuma delas com a qualidade da primeira. Mas em 1826 escreve aquele que seria considerado “o melhor de seus romances”, segundo W. Austin e outros: O ÚLTIMO HOMEM. Pioneira na ficção científica, Mary não obteve em vida o reconhecimento que merecia. Por muitas décadas, sua produção literária foi ofuscada pela relevância da obra poética do marido. Mas a crítica especializada, desde meados do século passado, tem colocado em relevo as caracteríticas que tornaram pioneira a sua ficção, conferindo-lhe o justo valor. ”

COMÉRCIO DA FRANCA