“A editora Landmark tem feito um importante resgate: publica edições bilíngues de livros clássicas da literatura mundial, como é o caso do último lançamento, Emma, de Jane Austen (1775-1817).
Após escrever sucessos como Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Mansfield Park, e desfrutar de relativa fama literárias, a romancista inglesa Jane Austen criou, em 1815, EMMA.
A obra, dedicada ao Príncipe de Gales, mais tarde George IV, conta a história de Emma Woodhouse, de 20 anos, a primeira heroína criada por Jane sem problemas financeiros, e que, por isso, não se preocupa em casar. Jane explora as dificuldades das mulheres no início do século 19, criando, por meio de seus personagens, uma comédia de costumes.
Emma é bonita, intelectual, alegre e mimada. Sua mãe faleceu quando ela era muito jovem e Emma assumiu o papel de administradora da casa.
Em comparação às demais heroínas das obras de Austen, Emma Woodhouse parece estar sempre imune à sexualidade e à atração romântica. Diferente de Marianne Dashwood, de Razão e Sensibilidade, que é atraída pelo homem errado antes de conhecer o certo, Emma não demonstra interesse algum pelos homens que conhece. Ela se surpreende quando Mr. Elton se declara a ela e, aparentemente incapaz de se apaixonar, a protagonista descobre, através do ciúme, seu amor por Mr. Knightley, um homem balzaquiano que é um amigo muito próximo dela e seu único crítico.
História adaptada para o cinema
Apesar de ter uma família amorosa e situação financeira estável, a vida de Emma é vazia e fútil, tem poucas companhias de sua idade quando a história principia e sua determinação em manipular as pessoas pode ser o protesto contra o limitado alcance de uma mulher rica, especialmente de uma mulher solteira e sem filhos.
Emma foi adaptado várias vezes para o cinema e para a televisão. A primeira adaptação foi em 1948 e em 1996 Gwyneth Paltrow foi dirigida por Douglas McGrath no filme Emma, que levou duas indicações ao Oscar e levou uma estatueta para casa.”
DIÁRIO CATARINENSE