“Edição bilíngue lançada pela Editora Landmark resgata todas as minúcias da escritora, apresentando a crítica social de sua época aos costumes e ao padrão de vida ingleses.

O lançamento de “Emma”, da Editora Landmark, apresenta pela primeira vez essa importante obra de Jane Austen em uma inédita edição bilíngue, resgatando toda a magnificência da obra de uma das maiores escritoras inglesas.

Trata-se de um dos grandes romances de Jane Austen, publicado pela primeira vez em 1815, quando a autora já desfrutava de relativa fama literária, sendo que esse romance foi dedicado ao regente da Inglaterra, o príncipe de Gales, mais tarde George IV. A protagonista da história, Emma Woodhouse, é a primeira heroína criada por Jane sem problemas financeiros, sendo que a mesma declara que isso é uma das razões de ela não se preocupar em se casar. Assim como em seus outros romances, relata as dificuldades das mulheres no início do século 19, criando por meio de seus personagens uma deliciosa comédia de costumes.

Sentimentos em pauta

Emma Woodhouse é uma mulher linda, intelectual e de espírito elevado. Sua mãe morreu quando ela ainda era muito jovem e esta assumiu o papel da administradora da casa, já que sua irmã mais velha havia se casado. De certa forma, ela é muito madura, apesar de cometer sérios erros: mesmo jurando que nunca se casaria, encontra diversão em arrumar casamentos para outros. Aparentemente incapaz de se apaixonar, é pelo ciúme que ela descobre seu amor.

Em contraste às demais heroínas do universo austeano, Emma Woodhouse parece estar imune à sexualidade e à atração romântica. Diferentemente de Marianne Dashwood, que é atraída pelo homem errado antes de encontrar o certo, Emma não demonstra nenhum interesse romântico pelos homens que ela vem a conhecer. Ela se surpreende quando Mr. Elton se declara a ela, de certa maneira nos mesmos moldes de Elizabeth Bennet, ao reagir à declaração realizada por Mr. Darcy. Notavelmente, Emma não consegue entender a afeição existente entre Harriet Smith e Robert Martin. E é somente após Harriet lhe revelar seu interesse por Mr. Knightley que Emma se descobre ciente de seus próprios sentimentos.

No cinema e na TV

“Emma” foi objeto de muitas adaptações, tanto para cinema quanto para televisão. Desde 1948, quando foi adaptado pela primeira vez, o romance foi levado oito vezes às telas, sendo a mais famosa a adaptação de 1996, dirigida por Douglas McGrath e estrelada por Gwyneth Paltrow, Ewan McGregor e Greta Scacchi, vencedora do prêmio da Academia como melhor trilha sonora original.

A nova edição bilíngue resgata todas as minúcias de Jane Austen, apresentando a crítica social de sua época aos costumes e ao padrão de vida ingleses, além de apresentar corretamente a ironia e o sarcasmo de seu estilo.

Quem é a autora

Jane Austen (1775-1817), escritora inglesa proeminente, considerada geralmente como a segunda figura mais importante da literatura inglesa depois de Shakespeare. Ela representa o exemplo de escritora cuja vida protegida e recatada em nada reduziu a estatura e o dramatismo da sua ficção. A fama de Jane perdura por meio dos seus seis melhores trabalhos: “Razão e Sensibilidade” (1811), “Orgulho e Preconceito” (1813), “Mansfield Park” (1814), “Emma” (1815), “The Elliots”, mais tarde renomeado como “Persuasão” (1818) e “Susan”, mais tarde renomeado como “A Abadia de Northanger” (1818), publicados postumamente.

“Lady Susan” (escrito entre 1794 e 1805), “The Brothers” (iniciado em 1817, deixado incompleto e publicado em 1925 com o título “Sanditon”) e “Os Watsons” (escrito por volta de 1804 e deixado inacabado, foi terminado por sua sobrinha Catherine Hubback e publicado na metade do século XIX, com o título “The Younger Sister”) são outras de suas obras. Deixou ainda uma produção juvenília (organizada em três volumes), uma peça teatral, “Sir Charles Grandison, or The Happy Man: a Comedy in Six Acts” (escrita entre 1793 e 1800), poemas, registros epistolares e um esquema para um novo romance, intitulado “Plan of a Novel”. ”

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