“Conferindo o romance que todos querem publicar
Pode ser que o filme do diretor australiano Baz Luhrman não faça o mesmo sucesso que outras adaptações anteriores, mas nenhuma editora ou livraria vai se lamentar por não ter novas edições de “O Grande Gatsby” (considerado pela Modern Library como o segundo melhor romance de língua inglesa do século 20) nas suas vitrines. Desde que o projeto cinematográfico foi anunciado no ano passado, a história de F. Scott Fitzgerald tornou-se “a mesma dos olhos” das editoras brasileiras. A Companhia das Letras saiu na frente publicando em 2011 a obra com tradução de Vanessa Barbara.
Este ano, “O Grande Gatsby” terá três outras edições (sem contar com o livro em sua versão digital) de diferentes casas literárias. A Editora Landmark publicou a obra-prima de Fitzgerald em uma edição de luxo, com capa dura (com fotos do elenco da fita) e bilíngue (português/inglês) e tradução assinada por Vera Sílvia Camargo Guarnieri. Este título já está nas livrarias assim como o lançamento da editora Leya (com tradução de Cristina Cupertino). Neste mês de junho chega às livrarias o volume da Geração Editorial, com tradução de Humberto Guedes.
Esta epidemia Gatsby se justifica pelo fato de que o autor norte-americano caiu no gosto do público nos últimos anos e “O Grande Gatsby”, seu romance mais famoso, passou para o topo das listas de obras mais vendidas no mundo inteiro. A ironia é que o romance não foi o sucesso de hoje na época de seu lançamento. Enquanto a esposa Zelda mofava em seu quarto num hospício, no fim de sua vida, Fitzgerald comprava os raros exemplares disponíveis nas livrarias ou sebos para que houvesse registro de vendas do livro. “JORNAL CORREIO DO POVO (RS)