A produção lírica de Luís Vaz de Camões é vasta e variada, porém pouco dela foi publicada durante a sua vida, além de Os Lusíadas e de poucos sonetos. A maior parte da sua obra lírica permaneceu inédita e a tarefa de identificar e reunir esse material mobilizou diversos estudiosos de várias épocas. Sucederam-se várias edições, expurgadas de poemas presumivelmente apócrifos ou acrescidas de dezenas de outros, mas a primeira obra completa apenas surgiria na metade do século XIX, preparada pelo Visconde de Juromenha, onde os sonetos, inicialmente do número de 108, chegaram a 353. A partir do final do século XIX, edições mais criteriosas, apoiadas nos trabalhos de importantes pesquisadores fixaram o número de sonetos, dentro do extraordinário legado camoniano, em 211 sonetos. Esta edição de Sonetos (Landmark, 736 pp, R$ 78) é baseada naquela preparada pelo Visconde de Juromenha, com as adições principalmente do Professor Storck, e apresentam os sonetos comprovadamente camonianos e os sonetos atribuídos ao poeta, mas cuja autoria não é de toda confirmada, e consta com a versão para a língua inglesa de Sir Richard Francis Burton, em uma edição bilíngue anotada.

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