““CONTOS COMPLETOS DE OSCAR WILDE” reúne todos os contos de um dos mais importantes autores da literatura inglesa, exemplos de uma vasta produção que inclui teatro, romance, contos, poesia, além de trabalhos sobre crítica social. Nesta magnífica edição bilíngue de luxo em capa dura, a Editora Landmark apresenta a reunião dos seus quatro livros de contos: “O Príncipe Feliz e outros Contos”; “O Retrato do Sr. W. H.”; “O Crime de Lorde Arthur Savile e outros Contos”; e “A Casa das Romãs”. Dentro desses trabalhos constam algumas de suas mais famosas histórias, dentre elas “A Rouxinol e a Rosa”, “O Príncipe Feliz”, “O Fantasma de Canterville”, “O Pescador e sua Alma” e “O Crime de Lorde Arthur Savile”.

“CONTOS COMPLETOS DE OSCAR WILDE” traz ao leitor os contos escritos entre 1888 e 1891, produzidos durante o período mais feliz, e menos turbulento, da vida do escritor Oscar Wilde, nome deum dos maiores autores da língua inglesa. Nascido em 1854 na cidade de Dublin, Irlanda, Wilde viveu na efervescente Londres, na Inglaterra de fins do século XIX, frequentando ciclos de escritores, atores e figuras de destaque da época. Nessas reuniões, o autor aproveitava para demonstrar seu talento não só como escritor, mas também como intérprete, lendo em voz alta os contos que produzia, com a entonação, a ênfase e a dicção próprias dos atores. Exímio contador de histórias, Wilde encantava os círculos ingleses com sua ironia, a precisão formal de seus textos e, claro, com sua própria presença. Aqueles que tiveram o privilégio de ouvi-lo, diziam que a voz cadenciada e bem modulada, a interpretação dramática e o carisma peculiar de Oscar Wilde eram simplesmente irresistíveis, cativando a atenção do público seleto que se reunia para assisti-lo. Como dito no início, os contos nada sabem da tragédia por vir, das reviravoltas que o destino reserva ao autor. Foram escritos com alegria, para serem lidos com alegria, em voz alta, para a plateia, ainda que imaginária, como Oscar Wilde os concebeu. Desejamos que a sutil ironia do Foguete Extraordinário, o senso de humor burlesco do Fantasma de Canterville e presença de tantos outros personagens preencham com alegria, sempre esta palavra: alegria, as horas que o leitor passar em nossa companhia.

A nova edição bilíngue lançada pela Editora Landmark resgatou todas as minúcias do texto wildiano, apresentando a crítica social de sua época aos costumes e a padrão de vida ingleses, além de apresentar corretamente a ironia e o sarcasmo de seu estilo, presente mesmo nos textos de temática mais simples.

OSCAR WILDE (1854-1900): Nascido em Dublin, na Irlanda, e filho de uma poetisa nacionalista, estudou no Trinity College e em Oxford. Foi em Oxford que ele se aliou ao movimento artístico do Esteticismo – a Arte pela Arte – e adotou suas características únicas no vestir e no se comportar (baseados em uma fantasia que ele usou em um baile de formatura). Tornou-se uma pessoa indispensável e comentada aos eventos sociais, espalhando glamour e comentários por onde passava. Embora bem conhecido nos círculos sociais, Wilde recebeu pouco reconhecimento por sua obra durante muitos anos até a estreia de “O Leque de Lady Wildermere” que consolidou sua fama literária a partir de 1892. O simulacro, o homem e seu retrato eram a maneira da qual o autor se utilizava para relacionar-se com o mundo, mas o período de sucesso foi extremamente curto. Na noite de estreia de sua obra-prima teatral “A Importância de Ser Constante” em 1895, o marquês de Queensberry, pai de Lorde Douglas com quem Wilde estava se relacionando, iniciou uma campanha pública contra o autor. Após uma má-sucedida tentativa de processo nos tribunais contra o Marquês, Wilde acabaria sendo condenado a dois anos de trabalhos forçados por violação da moral, cumprindo parte da pena no famoso Cárcere de Reading. Ao ser libertado, Wilde se autoexilou em França, aonde viria morrer na completa obscuridade em 1900, cercado por poucos amigos ainda fiéis. “JORNAL TRIBUNA DO NORTE (RN)