““Grandes Esperanças” é considerado uma de suas obras-primas

17/01/13 às 08:12 Redação Bem Paraná com assessoria

A fama e o alcance dos romances e contos de Charles Dickens ultrapassaram o período de sua vida, sendo considerado como um dos maiores escritores ingleses, um dos melhores representantes da Literatura da Era Vitoriana e um dos introdutores da crítica social na literatura de ficção inglesa. “Grandes Esperanças” é considerado uma de suas obras-primas, compartilhando esta posição ao lado de “David Copperfield” e “Oliver Twist”. Dividido em três partes, discutindo a bondade, a culpa e o desejo de seus personagens, o romance originalmente foi escrito como um folhetim e publicado na revista literária semanal “All the Year Round”, de propriedade do próprio Dickens, entre dezembro de 1860 e agosto de 1861. “Grandes Esperanças” Posteriormente, foi publicado em três volumes pela editora Chapman & Hall, de Londres.

“Grandes Esperanças” é, sobretudo, um romance de redenção e perdão de seus protagonistas: Narra a história de Philip Pirrip, ou simplesmente Pip, órfão criado pela irmã EM um ambiente de pobreza, Pip vive na casa de sua irmã mais velha, casada com um ferreiro do vilarejo. São pobres, mas não miseráveis, porém, o que aflige Pip, e seu cunhado e único amigo Joe Gargery, é a truculência com que são tratados por Mrs. Joe, que inferniza a vida de todos que a cercam. Aos seis anos, PIP comete um crime: ajudar Abel Magwitch, um fugitivo da prisão, a escapar da polícia nas charnecas inglesas, fato que marcaria profundamente seu futuro. Por intermédio do tio de seu cunhado, Mr. Pumblechook, Pip consegue um emprego na mansão de Miss Havisham como garoto de companhia; lá, conhece Estella, filha adotiva de Miss Havisham, seu advogado Mr. Jaggers, Herbert Pocket e outros parentes da solitária e amargurada senhorita.

A vida de Pip é radicalmente alterada logo após Pip deixar os serviços de Miss Havisham, ao ser informado por Mr. Jaggers que um misterioso benfeitor anônimo financiará sua educação em Londres para torná-lo um cavalheiro e que este benfeitor deixará sua fortuna como herança para Pip, que passa a contar então com grandes esperanças com relação ao seu futuro. Sua mudança para Londres, o esforço em se tornar um cavalheiro e os dilemas morais tornam este romance de Charles Dickens uma leitura profunda e inesquecível.

Charles Dickens ainda aborda questões envolvendo a justiça, o racismo, a escravidão, o alcance do Império Britânico e as questões coloniais. As “Grandes Esperanças” do título revelam a ironia e a maestria de Charles Dickens ao narrar o desenvolvimento da história: ao mesmo tempo em que elas são o norte e o guia para o futuro do jovem Pip, transformam-se no elemento que determinarão seu futuro. “Grandes Esperanças” revela ainda a compreensão suave e amarga que Charles Dickens tinha dos nossos mais profundos dilemas, nascidos das nossas obsessões e de as nossas ilusões.

“Grandes Esperanças” recebeu mais de dezoito adaptações para o cinema, o teatro e a televisão, sendo as mais importantes, a versão de 1946, dirigida por David Lean e estrelada por John Mills e Alec Guinness; a versão modernizada de 1998, dirigida por Alfonso Cuarón e estrelada por Ethan Hawke e Gwyneth Paltrow; e a mais nova versão, em comemoração ao bicentenário de Charles Dickens, dirigida por Mike Newell e estrelada por Helena Bonhan-Carter, como Miss Havisham, Ralph Fiennes, como Abel Magwitch, e Jeremy Irvine, como Pip. “JORNAL BEMPARANÁ