“””GATSBY”” EM DUAS LÍNGUAS

A nova adaptação de O Grande Gatsby (1922) para o cinema estreia nas salas brasileiras no próximo mês. O poster do filme de Baz Luhrmann (Moulin Rouge) enfeita a edição bílingue, em capa dura, que a Editora Landmark faz chegar às livrarias na tradução de Vera Sílvia Camargo Guarnieri, a partir da escrita de F. Scott Fitzgerald (1896-1940).

Contemporâneo de Hemingway (1899-1961), sua antípoda literária entre os ícones da “”geração perdida””, Fitzgerald foi o autor que melhor traduziu, na literatura de ficção, a figura do “”self-made man””, símbolo do empreendedorismo americano no início do século passado.

Jay Gatsby, herói do livro por vezes descrito pela crítica como “”o grande romance americano””, aparece como um vulto ligeiro lá pela 50ª página da história, flanando em uma noitada boêmia na ficcional West Egg, para dominar a poderosa narrativa que mostra a derrocada do sonho americano no pós-Primeira Guerra.

A edição da Landmark (224 páginas, R$ 30 na versão livro e R$ 9,80 na versão digital, para ePub) junta-se à publicada no final de 2011 pela Cia. das Letras (pelo selo Penguin, na tradução de Vanessa Barbara) como opção para os leitores brasileiros que querem ler o original, em português, antes de conferi-lo na tela sob a ótica meio “”carnavalizada”” de Luhrmann.

Vinculando o vigor de sua prosa à parcialidade do seu narrador: o vizinho de Gatsby, Nick Carraway (confidente da grande paixão do protagonista, a faceira Daisy Buchanan), Fitzgerald sujeita o leitor à admiração e à curiosidade em torno do misterioso passado de Gatsby, um condecorado herói militar, graduado na Inglaterra.

Um clássico incontestável. “JORNAL DA PARAÍBA