Nascido na Irlanda, foi o terceiro filho de um total de sete irmãos, estudou na prestigiada Trinity College, em Dublin, onde o interesse teatro levou-o a oferecer-se voluntariamente como crítico do jornal “Dublin Evening Mail”. As suas críticas inteligentes e embasadas elevaram o seu nome junto dos meios sociais, artísticos e intelectuais da cidade, onde passou a conviver com personalidades influentes como Oscar Wilde, Arthur Conan Doyle e William Butler Yeats.
A partir de 1873, passou a produzir os seus primeiros contos e peças ficcionais que eram publicados em jornais da cidade. “The Chain of Destiny” foi o seu primeiro trabalho na linha do terror sobrenatural, publicado em 1875 no periódico Shamrock. Assumiu a direção do Royal Lyceum Theatre, de Londres, publicando “The Duties of Clerks of Petty Sessions in Ireland”. Em maio de 1897, publicou a obra que incluiria o seu nome definitivamente na literatura mundial: “Drácula”. O romance epistolar, permeado pelo horror tétrico e sobrenatural, encontrou boa receptividade entre a crítica que considerava-o uma rara combinação do lúgubre com uma trama bem construída. Por outro lado, gerou opiniões contrárias em relação à abordagem e à temática tétrica. Nos anos seguintes, deu continuidade às suas atividades literárias com a publicação de outros romances, mas sem o mesmo sucesso de Drácula.
A partir de 1905, a saúde de Stoker deteriorou-se gradativamente: no mesmo ano, sofreu um derrame cerebral e contraiu a doença de Bright que afeta o funcionamento dos rins. Em 20 de abril de 1912, em Londres, Abraham Stoker, autor de uma das maiores obras da literatura mundial, faleceu em sua casa na companhia de Florence, sua esposa. Após a sua morte, Florence Stoker, que morreria apenas em 1937, passou a administrar o patrimômio literário do marido, publicando textos inéditos e cedendo permissão para que o teatrólogo Hamilton Deane adaptasse “Drácula” para o teatro, adaptação que contribuiu muito para a popularização do romance e da personagem.