Nascido em Dublin, Irlanda, viveu em Londres, a efervescente capital inglesa, entre escritores e figuras de destaque da época e enaltecido por importantes figuras literárias, como o dramaturgo George Bernard Shaw, o poeta norte-americano Walt Whitman e o escritor francês Stéphane Mallarmé. Tornou-se uma pessoa indispensável e comentada em todos os eventos sociais e círculos intelectuais.
Embora bem conhecido, Wilde recebeu pouco reconhecimento pela sua obra durante anos até à estreia de “O Leque de Lady Wildermere” que consolidou a sua fama como dramaturgo a partir de 1892. O simulacro, o homem e o seu retrato eram a maneira que o autor utilizava para relacionar-se com o mundo, mas o período do seu sucesso foi extremamente curto.
Condenado a dois anos de trabalhos forçados, após um desastroso processo contra o Marquês de Queensberry, Wilde mudar-se-ia da Inglaterra em 1897, após todas as suas peças teatrais serem retiradas de cartaz e a sua produção literária ser recolhida das livrarias. Em França, adotou o pseudônimo de Sebastian Melmoth e, na companhia de Robert Ross, publicou “A Balada do Cárcere de Reading” e “A Alma do Homem sob o Socialismo”, as suas últimas produções literárias. Logo após, fixou residência em Paris, onde corrigiu e publicou “Um Marido Ideal” e “A Importância de Ser Constante”, demonstrando que encontrava-se no comando de si e de todo o seu talento literário. Todavia recusou-se a escrever qualquer novo material, declarando que “posso continuar a escrever, mas perdi a satisfação para tal”.
A 30 de novembro de 1900, Wilde, empobrecido, esquecido e doente, veio a falecer num quarto do Hôtel d’Alsace, em Paris. Como legado, deixou-nos uma obra admirável, representada por diversos contos, um romance, inúmeras poesias e peças teatrais que até hoje são encenadas.