Antônio Frederico de Castro Alves, conhecido como Castro Alves, foi um renomado poeta do romantismo brasileiro, tendo nascido em 14 de março de 1847 na Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, então pertencente à cidade de Curralinho, na Bahia (rebatizada desde de 1895 como Castro Alves) e faleceu aos 24 anos, em 6 de julho de 1871, em Salvador, também na Bahia.
Castro Alves foi uma figura emblemática do movimento literário conhecido como “Condoreirismo” ou “Geração Condoreira”.
Desde cedo, Castro Alves demonstrou talento e interesse pela literatura, começando a escrever poesias ainda na adolescência. Em 1863, aos dezesseis anos, ingressou na Faculdade de Direito de Recife, onde participou ativamente do movimento estudantil e teve contato com ideais abolicionistas e republicanos. Em 1868, após uma breve passagem pelo Rio de Janeiro, onde foi apresentado aos escritores José de Alencar e Machado de Assis, estabeleceu-se em São Paulo, em companhia de sua amante, a atriz Eugénia Câmara (apesar do relacionamento ter sido breve com a separação do casal em finais de 1868). Em São Paulo, concluiu o curso de Direito e onde estabelece grande amizade com Ruy Barbosa e Joaquim Nabuco. Foi durante sua passagem pelas faculdades de Direito que Castro Alves escreveu alguns dos seus poemas mais conhecidos, como “Espumas Flutuantes” (1870) e “Os Escravos” (1883). Sua obra é marcada pelo engajamento social e político, denunciando a escravidão, a opressão e as desigualdades sociais do Brasil da época. Castro Alves foi um defensor ferrenho da causa abolicionista e utilizou a poesia como meio de conscientização e mobilização social. Seus versos poéticos impactantes e cheios de emoção tocaram o coração do povo brasileiro, influenciando o movimento abolicionista e se tornando um símbolo da luta contra a escravidão.
Infelizmente, sua vida foi interrompida precocemente devido a uma tuberculose, aos 24 anos de idade, após complicações advindas da amputação de um de seus pés em virtude de um acidente de caça em São Paulo. A sua morte prematura gerou uma comoção nacional, e foi eternizado como um dos maiores poetas brasileiros, um verdadeiro ícone da literatura e da luta pelos direitos humanos.