Narcisa Amália de Campos, ou simplesmente Narcisa Amália, foi uma poetisa, tradutora, escritora, crítica literária brasileira do século XIX e a primeira mulher no Brasil a se profissionalizar como jornalista, nascida em uma época marcada por profundas transformações sociais e culturais no Brasil. Nascida em uma família de classe média alta, demonstrou desde cedo um talento excepcional para a escrita e uma sensibilidade aguçada para as questões humanas e femininas de seu tempo.
Sua vida e obra são envoltas em certo mistério, pois há poucos registros biográficos disponíveis sobre ela. Sabe-se que viveu em uma época de grande efervescência intelectual no Brasil, durante o período imperial, quando as ideias abolicionistas e republicanas começavam a ganhar força.
Narcisa Amália publicou apenas um livro, intitulado “Nebulosas”, em 1872, através da renomada editora Garnier. Este trabalho recebeu elogios da crítica literária da época e atraiu a atenção de figuras proeminentes, como Machado de Assis e o imperador D. Pedro II, o que demonstra o impacto significativo de sua poesia.
Seus poemas revelam uma voz lírica única, que aborda temas íntimos, femininos e ligados à natureza, ao mesmo tempo em que expressam uma preocupação social evidente, especialmente em relação à abolição da escravatura, uma questão premente na sociedade brasileira do século XIX.
Apesar de sua obra ter sido aclamada em sua época, Narcisa Amália foi amplamente esquecida pela história literária, e sua vida permanece envolta em mistério e obscuridade. No entanto, sua contribuição para a poesia brasileira do século XIX continua a ser reconhecida como uma voz única e significativa, capaz de capturar a complexidade e as contradições de sua época.