Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida, ou simplesmente Júlia Lopes de Almeida, nasceu em 24 de setembro de 1862, no Rio de Janeiro, mas mudou-se ainda criança para Campinas (SP). Em 1886 fez uma viagem até Portugal, onde conheceu o escritor Filinto de Almeida (1857-1945) e também onde publicou o seu primeiro livro, “Traços e Iluminuras”.

No Brasil, escreveu e contribuiu para vários periódicos, algo incomum para as mulheres da época, e foi a única mulher entre o grupo dos idealizadores da Academia Brasileira de Letras, porém foi impedida de ocupar uma cadeira nessa instituição, quando da sua fundação, em 1897.

Foi uma escritora à frente de seu tempo, já que defendia ideias como a abolição da escravatura, a república, o divórcio, a educação formal de mulheres e os direitos civis.

A sua obra mais conhecida, “A falência”, publicada em 1901, é marcada pela objetividade, pela crítica à sociedade brasileira, pelo adultério e determinismo das suas personagens.

Contista, romancista, cronista, dramaturga e pioneira da literatura infantil no país, Júlia Lopes de Almeida desfrutou de relativo sucesso literário na sua época, antes de vir a falecer no dia 30 de maio de 1934, no Rio de Janeiro.

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